Tornar a marca mais humana e autêntica aos olhos do público é um desejo cada vez mais presente nas estratégias de marketing. E com razão: pessoas confiam em pessoas, não em discursos prontos. Daí a importância de entender o que é EGC e como essa abordagem pode transformar a sua comunicação.
Dar voz aos colaboradores tem se mostrado um caminho efetivo para reforçar a credibilidade, mostrar os bastidores e fortalecer a cultura das empresas de dentro pra fora. Afinal, você deve concordar que um time que acredita no propósito do negócio se sente parte e, ainda mais importante, compartilha isso com o mundo.
Hoje, nós vamos falar sobre Employee Generated Content, ou conteúdo gerado por funcionários, explicar o conceito, como se diferencia do UGC e, principalmente, mostrar como essa abordagem se conecta com endomarketing, marketing interno e a construção de marcas que performam. Vem com a gente!
O que é EGC?
EGC é a sigla para Employee Generated Content, ou, em bom português, conteúdo gerado por funcionários. É quando os próprios colaboradores criam e compartilham publicações sobre o dia a dia da empresa, seus produtos, processos ou experiências reais com a marca.
Esses materiais podem aparecer em vários formatos: um post no LinkedIn celebrando um projeto, um vídeo no Instagram mostrando os bastidores de um evento, uma foto espontânea da equipe comemorando uma entrega. Não é marketing polido, é vida real.
E aí está a mágica: o EGC carrega autenticidade, porque vem de quem realmente vive a cultura da empresa. Não precisa de uma superprodução nem de grandes discursos. Basta uma história verdadeira, compartilhada com intenção.
O impacto vai muito além das redes. Empresas com culturas fortes crescem mais, vendem mais e se adaptam melhor. É o que mostra um estudo de 11 anos conduzido por John Kotter e James Heskett: organizações com culturas saudáveis tiveram um crescimento médio de 682% nas vendas, contra apenas 166% naquelas com culturas frágeis.
O que muda o jogo são times que se reconhecem na cultura, atuam com significado e têm orgulho de mostrar isso para fora. Muitas empresas usam o EGC para fortalecer sua presença nas redes sociais, impulsionar a marca empregadora e até melhorar o clima interno.
Ah, e um detalhe importante: o EGC não precisa ser perfeito. Precisa ser honesto. E isso, hoje, vale mais do que qualquer campanha publicitária.
Diferença entre EGC e UGC
Muita gente confunde os termos, e faz sentido: EGC e UGC têm estruturas parecidas e são igualmente válidos para as marcas. Mas têm objetivos, origens e impactos diferentes.
O UGC (User Generated Content) é o conteúdo criado pelos consumidores ou seguidores de forma espontânea. É o caso de avaliações, fotos usando o produto, vídeos de unboxing e outros formatos. O EGC (Employee Generated Content) vem de dentro: são os colaboradores que criam, a partir de suas experiências reais na empresa.
Preparamos uma tabela comparativa para que as diferenças fiquem mais claras:
| Característica | UGC (User Generated Content) | EGC (Employee Generated Content) |
| Quem cria | Clientes, usuários e seguidores | Colaboradores e membros da equipe |
| Objetivo principal | Gerar prova social e engajamento | Mostrar a cultura interna, fortalecer o employer brand |
| Plataformas | Redes sociais, e-commerces, blogs | LinkedIn, Instagram, intranet, blogs corporativos |
| Tom de voz | Genuíno, do ponto de vista do cliente | Pessoal, interno, com bastidores e vivência |
| Benefício para a marca | Mais conversões, alcance e confiança | Mais engajamento interno, confiança e atração de talentos |
Por que investir em EGC?
Abrir espaço para que os colaboradores compartilhem suas histórias é muito mais do que uma iniciativa de RH. É uma escolha estratégica de comunicação e cultura. Quer motivos fortes para colocar isso em prática?
- Ajuda na cultura organizacional: 72% dos profissionais dizem que a cultura organizacional ajuda a impulsionar iniciativas de mudança bem-sucedidas.
- Aumenta autenticidade e confiança: em tempos de desconfiança nas marcas, a palavra de um funcionário vale ouro.
- Fortalece a marca empregadora: mostrar os bastidores da empresa atrai talentos que se identificam com o propósito e o ambiente.
- Estimula o engajamento interno: dar voz é também reconhecer. Quando os colaboradores se sentem parte da comunicação, costumam se envolver mais.
- Ajuda no recrutamento e retenção: testemunhos reais e espontâneos ajudam a atrair profissionais alinhados e mantê-los motivados a ficar.
Resumindo? É conteúdo que começa na rotina e termina fortalecendo a reputação da marca.
Dicas para incentivar EGC
Você pode até ter colaboradores incríveis e histórias sensacionais acontecendo todos os dias por aí. Mas sem o incentivo certo, nada disso ganha vida. A boa notícia: criar um ecossistema de EGC não é difícil, só precisa de estratégia e de confiança.
Preparamos algumas dicas práticas que funcionam de verdade para impulsionar o EGC — Employee Generated Content aí na sua empresa:
Criar uma cultura de compartilhamento
Tudo começa bem aqui: se a empresa não valoriza a voz das pessoas, ninguém vai se sentir confortável para falar. Então, experimente promover conversas abertas, espaços seguros para expressão e a troca de experiências.
Uma cultura de compartilhamento é construída no dia a dia, nos exemplos dos líderes e nas pequenas atitudes. Um elogio público, uma reunião que começa com “quem tem algo legal para compartilhar hoje?”, uma área na intranet só para isso — tudo conta.
E mais: deixe claro que o EGC é bem-vindo, mesmo que seja simples. O importante é ser verdadeiro.
Reconhecer e valorizar quem participa
Nada engaja mais do que se sentir valorizado. Quem gera conteúdo precisa perceber que isso importa.
Pode ser um agradecimento no grupo, um destaque na newsletter, um mimo simbólico ou um elogio durante a reunião. São gestos que mostram que a participação não passou despercebida e que ela tem impacto real.
Pessoas engajadas inspiram outras. E assim o EGC se espalha.
Criar campanhas internas com temas
Às vezes tudo o que falta é um “empurrãozinho”. Uma campanha interna com um tema específico vai bem para direcionar o olhar e inspirar ideias.
Pode ser algo como:
- “Mostre a sua rotina”;
- “Como você vive o nosso propósito?”;
- “O que te orgulha no seu trabalho?”.
Além de estimular a participação, esse é o tipo de ação que ajuda a gerar conteúdos consistentes que podem ser reaproveitados nas redes da marca.
E claro: sempre envolva as lideranças. Quando elas participam, abrem o caminho para o time seguir.
Promova reconhecimento público
Não guarde o EGC só para dentro da empresa. Compartilhe nas redes sociais, no blog, em vídeos ou em ações de employer branding.
Mostrar para o mundo o que está sendo criado pelos colaboradores reforça a mensagem de que eles são protagonistas da marca. E isso gera orgulho, pertencimento e reforça a cultura.
Lembre-se de que o público externo também se conecta com essas histórias, porque são reais, humanas e inspiradoras.
Facilite a criação de conteúdo espontâneo
Quer mais EGC? Facilite a vida de quem quer contribuir. Crie espaços acessíveis para upload de conteúdos, simplifique as autorizações, padronize formatos e disponibilize as ferramentas necessárias.
Por exemplo: um formulário rápido para fazer o envio, uma pasta compartilhada com ideias de conteúdo, um banco de imagens internas com a identidade visual da marca. O objetivo é eliminar barreiras e tornar o processo simples, natural e descomplicado.
Ofereça mini treinamentos de conteúdo e redes sociais
Nem todo mundo se sente seguro para criar. E tudo bem! Com orientação e apoio, a equipe ganha confiança para compartilhar o que vive.
Ofereça pequenas capacitações com dicas de storytelling, melhores práticas para o LinkedIn, como fazer boas fotos, como gravar vídeos curtos. Parece simples, mas esse investimento no seu time empodera, incentiva e eleva a qualidade dos conteúdos.
E não precisa ser nada complexo: o foco é dar autonomia com leveza.
Mostre o impacto que esses conteúdos têm
Quer engajar de verdade? Mostre os resultados. Diga quantas visualizações um post gerou, quantos comentários positivos chegaram, qual cliente mencionou o conteúdo.
Quando as pessoas percebem que aquilo que compartilharam fez diferença, seja para a marca, para a equipe ou para alguém lá fora, sentem que estão contribuindo de verdade. E isso não tem preço.
EGC é mais do que tendência, é estratégia. Pronto pra começar?
No fim das contas, o que a gente busca são conexões reais. Marcas que falam de verdade. Times que se sentem vistos. E estratégias que trazem resultado sem perder a essência.
O Employee Generated Content é tudo isso junto. Um atalho entre o que a empresa é por dentro e o que mostra por fora. Não se trata de controle, mas de confiança. De dar espaço para que as pessoas sejam o que são e compartilhem isso com o mundo.
Se você quer construir uma comunicação mais autêntica, fortalecer a sua marca empregadora e impulsionar o seu marketing interno, o EGC pode (e deve!) ser o seu próximo passo. E o melhor: você já tem o principal ingrediente. Pessoas incríveis aí dentro da sua empresa.
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