Enquanto gestores de marketing buscam consolidar marcas no mercado digital, surge um questionamento: qual a melhor forma de alcançar resultados para o meu cliente? O Marketing de Influência com certeza está na resposta.

Novidade? Não mesmo! Conforme dados da Content Trends, colhidos em 2019, 67,3% das empresas brasileiras dizem utilizar o Marketing de Influência. Ou seja, é uma tendência tão grande, que diversas ações de marketing aderem a ele. Nesse sentido, muitas marcas já veem os influenciadores digitais como o futuro da comunicação.

Outra forma de mensurar o impacto desses profissionais, está na relevância que adquiriram no âmbito social. Segundo uma pesquisa do Valor Econômico, 73% dos entrevistados procuram informações na internet a respeito de investimentos, e 6 a cada 10 utilizam os influenciadores digitais como plataforma de conhecimento.

Outro panorama que também nos permite compreender o alcance do Marketing de Influência, é o destaque que ele conquistou no cenário da pandemia do novo coronavírus. Por exemplo, países como os Estados Unidos, Holanda e Finlândia, apostaram nos influenciadores digitais como estratégia de comunicação no combate à pandemia.

Dessa forma, o aumento da abrangência desse tipo de comunicação já é uma realidade no marketing e compreender seus detalhes é cada vez mais importante para estruturar campanhas mais eficazes.

Se você deseja se informar melhor sobre esse mercado que tanto cresce, confira esse material que preparamos e entenda a relevância do Marketing de Influência no mercado brasileiro.

Afinal, o que é Marketing de Influência?

O Marketing de Influência é um fenômeno na comunicação atual, mas para compreender a importância dessa ferramenta, é importante entender primeiro como o conceito é definido. 

Podemos descrevê-lo, brevemente, como: ação de venda em parceria com influenciadores digitais. E essa estratégia tem feito muito sucesso, devido ao fato de que esses profissionais já possuem um público fiel aos conteúdos. Ou seja, permite uma maior proximidade com o público que se visa conquistar.

Dessa forma, a mensagem passa a ser comunicada de maneira mais eficiente, já que não há intermediário, apenas o emissor (o influencer), a mensagem (a publicidade) e o receptor (o seguidor). Além disso, por conta da confiança que o público têm nesses comunicadores, a recomendação deles aumenta as chances do consumidor efetivar a compra. 

Ainda, a maioria das pessoas gosta de receber conteúdos relevantes das marcas. Mas, cuidado! É necessário que o material contenha informações de valor e não tenha apenas o objetivo de vender.

E é justamente nesse ponto que o Marketing de Influência atua, uma vez que os influenciadores constroem uma conexão natural com os seguidores. Em outras palavras, as pessoas passam a associar o produto ao influenciador.

Assim, para realizar uma campanha eficaz com um influencer, primeiramente a marca deve fazer uma pesquisa, com o intuito de descobrir quais deles se encaixam com seus valores e propósito.

É dessa forma que as ações publicitárias fazem sucesso. Visto que, geralmente, os influenciadores têm públicos segmentados em função do conteúdo que postam, o que pode ser benéfico para as marcas que têm um público alvo bem definido.

A partir do panorama levantado, a empresa encontra parceiros para compartilhar periodicamente conteúdos pré-estabelecidos. Para compreender melhor essa questão, confira como essas relações foram construídas ao longo da história:

O contexto histórico

O início do Marketing de Influência data antes da criação das redes sociais e até mesmo da internet. Ou seja, muito antes de ter esse nome, a influência já era utilizada como uma estratégia de venda.

Para o autor John C. Maxwell, a história do Marketing de Influência pode ser dividida em 3 partes. Entenda:

1ª Fase

O período inicial remonta ao século XIX. Mais especificamente em 1890, com a marca de panquecas Aunt Jemima. Na época, a empresa contratou uma escrava chamada Nancy Green para estampar os rótulos dos seus produtos. 

A ação teve tanto sucesso, que a marca recebeu milhares de pedidos e Nancy assinou um contrato vitalício com a fabricante de panquecas, se tornando a porta voz da marca. 

Porém, foi somente a partir da década de 1960 que o termo influenciadores passou a ser relacionado com pessoas persuasivas, se referindo a líderes e gestores bem sucedidos e exaltando o prestígio desses indivíduos para a sociedade.

2ª Fase

Essa etapa acontece principalmente com a popularização da televisão. Além de filmes e programas televisivos alcançarem grande sucesso, a própria publicidade também conquistou cada vez mais espaço.

Com a fama das personalidades e a ascensão do mercado publicitário, as marcas passaram a utilizar cada vez mais o Marketing de Influência. Nesse sentido, diversos atores, apresentadores e músicos viraram o “rosto” de algumas marcas, influenciando seus fãs a comprarem os produtos.

3ª Fase

A última e atual fase, se dá com a era digital. Apesar do seu início ser o uso de blogs para vendas, foi somente em 2008 que o Marketing de Influência passou a ter aliadas poderosas: as redes sociais. Mesmo sendo feito de forma rudimentar, o negócio tomou forma e em 2010 já contava com sistemas mais elaborados, como: Google, Facebook, LinkedIn e Twitter.

Nesse meio tempo, os influenciadores cresceram em plataformas de áudio e vídeo, como YouTube, Instagram e Snapchat. Mas, apenas em 2014 esses profissionais se estabeleceram como figuras relevantes para as marcas.

A partir daí, passaram a surgir tanto mega quanto micro influenciadores, com o intuito de atingir todos os públicos.

E é importante destacar: as previsões são cada vez melhores para o segmento e muitas marcas já compreendem o Marketing de Influência como a forma de comunicar do futuro.

Marketing de influência: a redenção do futuro

Pois é, o Marketing de Influência tem história! Não é à toa que a estratégia possui tanta adesão nos planejamentos de marketing.

Comprovação disso é que a busca por influenciadores cresce a cada ano. E, para você se situar a respeito da abrangência desse tipo de publicidade, separamos alguns dados:

  • A cada 1 dólar investido, o marketing de influência devolve USD 5,20 para a marca (Influencer Marketing Hub);
  • Em 2020, esse tipo de ferramenta alcançou a marca de USD 15 bilhões em investimentos (Business Insider);
  • 80% dos profissionais de marketing acreditam na eficiência do marketing de influência (MediaKix);
  • Quase metade dos influenciadores relatam que conteúdos autênticos são os mais relevantes (Zine.co);
  • 7 a cada 10 adolescentes acreditam mais em influencers do que em celebridades (Digital Marketing Institute).

Ainda, para demonstrar o sucesso conquistado pelo Marketing de Influência, trouxemos como exemplo a nova campanha da Nestlé. Entenda:

Como forma de reposicionar a marca para as novas demandas do público, a empresa do gênero alimentício vem apostando em produtos saudáveis. Por exemplo, para anunciar produtos voltados para pessoas com 50 anos ou mais, a marca realizou parcerias com influenciadores que conversam com essa faixa etária.

A partir destas ações, em 2020, a Nutren Senior (vertente da marca Nestlé, voltada para o público sênior) teve 30% a mais de alcance e um crescimento de 58% de mídia espontânea, quando comparado com o ano anterior.

Ou seja, até mesmo as marcas voltadas para públicos que antigamente não estavam nas redes sociais, entenderam a importância dessa estratégia e passaram a apostar nela para divulgar seus produtos.

Por que o Marketing e Influência é tão efetivo?

O primeiro ponto a ser considerado sobre o sucesso do Marketing de Influência é o declínio dos anúncios tradicionais. As pessoas já não querem mais comprar um produto só por vontade ou necessidade. É preciso de um valor atribuído à compra!

Por ser alguém com maior proximidade com o público, o influenciador tem mais poder de convencimento. Além disso, eles promovem os produtos de forma criativa e relacionados ao seu estilo de vida. Ou seja, não parece uma venda “forçada”. É algo mais natural, mais bem aceito pelo público.

Afinal, os consumidores confiam no influenciador. E apesar de ser mais recorrente nos mais jovens, é algo que acontece em todas as faixas etárias e nichos.

O marketing de Influência é o sistema ideal da publicidade moderna. Inclusive para as marcas que também desejam conquistar novos consumidores, visto que o público do influencer, geralmente, já é consolidado.  Afinal, se aquela pessoa com quem você se identifica está indicando um produto, porque não dar uma chance, não é mesmo?

Entenda os resultados promissores para as marcas

As marcas que já utilizam o Marketing de Influência, conquistam resultados animadores para a publicidade. Confira alguns dos benefícios que o uso de influenciadores oferece às estratégias de marketing:

Sua marca ganha credibilidade

A confiança que o público já projeta no influencer, também irá para a sua marca. Isso porque ele faz parte da mesma comunidade que o seu público, ou seja, pensa e consome da mesma forma.

Por isso, se um influenciador recomenda determinada marca ou produto, a tendência é que o público abrace o discurso. 

Parceiras com retornos incríveis

Apesar dos influenciadores serem utilizados principalmente para fortalecimento de marca, eles também interferem diretamente na decisão de compra do público.

Afinal, quem nunca pesquisou opiniões ou reviews antes de realizar uma compra? Esse também é um modo de atuação do Marketing de Influência.

No alvo: o marketing de influência vai até seu cliente

Quando elaboramos um plano de comunicação de marca ou produto, uma grande preocupação é se a mensagem irá chegar no público alvo. 

E, com a vasta gama de influenciadores que temos no mercado, as empresas podem escolher aquele que melhor se encaixa com a campanha.

Permite enriquecer sua estratégia de conteúdo

Além dos resultados diretos que o Marketing de Influência gerará para a marca, ele ainda pode fortalecer a presença no meio digital.

Dessa forma, além de alcançar o público do influenciador, a comunicação ficará em evidência no Marketing Digital como um todo.

Panorama do Marketing de Influência no Brasil

Um estudo realizado pela Kantar IBOPE Media, aponta que 70% das agências de publicidade do Brasil, já usam o Marketing de Influência em suas campanhas. A mesma pesquisa apresenta que 98% das campanhas de Marketing de Influência são feitas no Instagram, 73% no YouTube e 55% no Facebook.

Apesar dos números surpreendentes, 62% das agências brasileiras afirmam encontrar dificuldades para encontrar influenciadores alinhados com o conteúdo da marca.

Além disso, mais da metade das agências entrevistadas dizem não saber planejar metas e mensurar os resultados. E um terço possui insegurança de que o influenciador não entregue o resultado desejado. Nesse sentido, a principal barreira que o mercado brasileiro encontra, é a falta de métricas específicas para a avaliação de resultados das campanhas.

Ainda assim, 90% das agências entrevistadas afirmaram que irão investir em influencers no próximo ano. Enquanto 16% dos entrevistados alegam que irão alocar até 40% da sua verba, os outros 84% afirmaram que vão destinar 20% do seu orçamento para o Marketing de Influência.

Em suma, podemos compreender que o Marketing de Influência é uma das principais ferramentas de propaganda atuais. Seu alcance abrange praticamente todos os públicos e com exatidão. Ou seja, é uma ferramenta potente nas mãos dos profissionais de marketing.

Por isso, é necessário que todas as pessoas atuantes no mercado da publicidade, propaganda e marketing tenham conhecimento a respeito dessa estratégia.

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