Você já parou para pensar quanto realmente volta para o seu negócio a cada real investido em mídia paga?
No meio de tanto dado, clique e impressão, é fácil se perder. Mas existe uma métrica que entrega a verdade nua e crua sobre a eficiência das suas campanhas: o ROAS.
Essa sigla, que parece complexa à primeira vista, é quase um detector de desperdício e também um radar de oportunidades. Se o ROI mostra o que você ganhou no todo, o ROAS mostra o quanto cada anúncio está rendendo.
E isso, convenhamos, muda completamente o jogo.
Ignorar essa métrica é como tentar escalar um investimento no escuro. Com ela, você entende o que de fato vende, o que só gasta e onde seu tráfego pago está pedindo socorro.
Ou seja, mais do que entender a lógica por trás das campanhas, é hora de aprender o que é ROAS e como usá-lo a favor da sua performance. Vamos descomplicar isso juntos e mostrar como ele pode virar seu aliado mais estratégico.
O que é ROAS?
ROAS significa Return on Advertising Spend, ou, em português, Retorno Sobre o Investimento em Publicidade.
É a métrica que indica quanto de receita seu negócio gera para cada real investido em anúncios. Se você coloca R$ 1.000 em mídia paga e fatura R$ 3.000, o seu ROAS é 3. Simples assim.
Pense como se você estivesse abastecendo uma máquina que promete vender mais. A cada real que você coloca, ela pode devolver dois, três ou até dez. Mas também pode não devolver nada.
O ROAS é o que te mostra, com clareza, se essa máquina está valendo o investimento ou apenas consumindo o seu orçamento.
Essa é uma das formas mais objetivas de medir se suas campanhas estão realmente performando. Afinal, não adianta gerar cliques e visualizações se o caixa não acompanha o movimento.
Qual a diferença entre ROI e ROAS?
Apesar de parecerem semelhantes, ROI (Retorno sobre o Investimento) e ROAS medem retornos sob perspectivas diferentes.
O ROAS observa apenas o desempenho dos anúncios pagos, considerando o quanto cada real investido em mídia gera de receita. Já o ROI tem uma visão mais ampla e leva em conta todos os custos envolvidos na operação, como produção, equipe, ferramentas, logística e impostos.
De forma prática, um mostra o impacto direto das campanhas. O outro revela se a estratégia como um todo está trazendo lucro real para o negócio.
Para visualizar isso de forma simples, dá uma olhada na tabela abaixo:
ROAS | ROI | |
Significado | Retorno sobre investimento em publicidade | Retorno sobre investimento total |
Foco | Receita em relação ao custo de anúncios | Lucro em relação a todos os custos envolvidos |
Objetivo | Medir a performance de campanhas pagas | Medir a rentabilidade geral do negócio |
Fórmula básica | Receita gerada ÷ Custo dos anúncios | (Receita – Custo total) ÷ Custo total |
Aplicação | Google Ads, Facebook Ads, campanhas específicas | Projetos, estratégias, operação como um todo |
Tipo de visão | Tática | Estratégica |
Em vez de tratar como métricas rivais, vale analisar as duas em conjunto. Enquanto o ROAS orienta onde vale a pena investir em mídia, o ROI coloca tudo na balança e revela se o negócio está, de fato, crescendo com isso.
Usar essas duas leituras lado a lado é o que permite tomar decisões com mais segurança e eficiência.
Como calcular o ROAS?
Calcular o ROAS é simples. Basta dividir a receita obtida em uma campanha pelo valor investido em mídia paga.
A fórmula fica assim:
ROAS = Receita gerada ÷ Custo dos anúncios
Vamos aplicar isso a um cenário mais próximo da rotina real.
Uma marca de cosméticos investiu R$ 2.000 em anúncios no Facebook para promover uma nova linha de skincare. Ao final da campanha, o total de vendas gerado foi de R$ 8.000. Usando a fórmula, o ROAS dessa campanha foi 4.
Isso significa que, para cada real investido, quatro reais voltaram em receita. Um bom sinal de que a estratégia de mídia e a oferta estavam funcionando bem juntas.
Ao acompanhar essa métrica com frequência, fica mais fácil entender o que escalar, o que ajustar e o que pode estar drenando verba sem retorno.
Qual é um “bom” ROAS?
A resposta mais honesta? Depende.
Não existe um número mágico que sirva para todo mundo. Um ROAS de 2 pode ser excelente para negócios com margem alta ou modelo de recorrência. O mesmo valor pode ser inviável para operações com ticket baixo e estrutura mais pesada. Tudo varia conforme o modelo.
Buscar uma referência sem entender o contexto é um erro comum. ROAS não é selo de campanha de sucesso. É um termômetro e precisa ser lido junto com os bastidores da operação.
Os benchmarks de mercado, apresentados no site Billo, mostram isso com clareza. Em abril de 2025, o ROAS médio no Facebook Ads ficou em 2,98.
No Google Search, alcançou 3,08. Já no TikTok, a média caiu para 1,84. Dependendo do setor, campanhas de retargeting chegam a passar de 3,5, enquanto ações mais amplas operam abaixo de 2.
Tudo isso é reflexo do comportamento da audiência, do nível de intenção de compra e da maturidade da estratégia. Além do canal, outros fatores pesam:
- Margem de lucro;
- Ticket médio;
- Frequência de recompra;
- Custo de aquisição;
- Tempo de conversão;
- Posicionamento de marca.
Quanto mais clara a estrutura, mais fácil identificar qual ROAS realmente sustenta o crescimento.
Em vez de comparar com o mercado, o ideal é descobrir o seu ponto de equilíbrio. Esse é o valor mínimo que mantém a operação saudável e ainda gera margem para escalar.
5 Dicas para otimizar seu ROAS
Melhorar o ROAS passa por mais do que acompanhar números. Não é sobre gastar mais, e sim sobre fazer ajustes inteligentes nos pontos que realmente influenciam o retorno. Segmentação, criativo, experiência, jornada.
Tudo isso conta na hora de transformar investimento em receita. A seguir, você vai ver onde estão as oportunidades reais para suas campanhas performarem de verdade.
1. Refine a segmentação do seu público
O público certo é o primeiro filtro de eficiência. Por isso, vale revisar segmentações com mais profundidade. Ir além da demografia e olhar para comportamentos, histórico de compra, intenção e contexto de navegação.
Usar dados das campanhas anteriores, testar combinações novas e explorar públicos personalizados são caminhos simples que podem gerar impacto direto no ROAS.
2. Melhore seus criativos e copy
Mesmo com a segmentação bem feita, uma campanha pode não performar se a comunicação não for clara e convincente.
O criativo certo não depende só de estética. Ele precisa traduzir a proposta de valor de forma simples, gerar identificação rápida e manter a atenção até a ação final.
Vale testar diferentes combinações de imagem, texto e abordagem, sempre com foco em alinhamento entre o que o público vê, o que sente e o que espera da oferta. Pequenos ajustes nesse ponto costumam ter um impacto direto no ROAS.
3. Otimize sua Landing Page
Não adianta atrair tráfego qualificado se a página de destino bloqueia a conversão. Quando a experiência pós-clique não transmite clareza, confiança ou usabilidade, o usuário abandona o processo e o investimento acaba desperdiçado.
Para evitar isso, é essencial garantir que a página esteja alinhada com o anúncio. Uma estrutura visual leve, carregamento rápido, proposta de valor evidente e uma chamada clara para a ação são elementos que ajudam diretamente na performance do ROAS.
4. Ajuste lances e orçamentos
As campanhas com boa performance merecem mais verba. Já aquelas que não entregam resultados consistentes precisam ser revistas ou pausadas. Manter tudo com o mesmo orçamento é desperdiçar potencial.
Também vale explorar variações de lance com base em horário, dispositivo ou localização, dependendo do comportamento da sua audiência. Pequenos ajustes ajudam a direcionar o investimento onde há mais chance de conversão.
5. Monitore a jornada pós-clique
Entender o que acontece depois que o usuário chega até o seu site ou landing page é fundamental para interpretar o ROAS com mais precisão.
Taxas de rejeição, tempo na página, cliques em elementos estratégicos e abandono de carrinho são sinais claros de onde a jornada pode estar travando. E, muitas vezes, o problema não está no anúncio, mas no caminho até a compra.
Acompanhar esses dados com regularidade permite ajustes pontuais que podem aumentar o retorno sem elevar o investimento.
Pare de adivinhar, comece a lucrar com o ROAS
Campanhas que performam bem não são fruto de sorte, são resultados de análise inteligente e ajustes estratégicos.
O ROAS funciona como um GPS financeiro. Ele mostra com clareza quais caminhos estão gerando retorno e quais estão apenas consumindo verba. Acompanhar essa métrica com regularidade é o primeiro passo para transformar investimento em crescimento real.
Mais do que entender o conceito, é preciso aplicar. Cruzar dados, otimizar pontos-chave e tomar decisões baseadas em resultado — e não em achismo.
Se você quer escalar campanhas com mais confiança e menos desperdício, o ROAS precisa estar no centro da sua estratégia.
Quer parar de investir no escuro e começar a escalar com clareza? A Gummy te ajuda a transformar dados em decisão e campanha em resultado.
Chega de aposta. Vamos construir sua próxima campanha com foco em retorno?