A produção em massa foi, por muito tempo, considerada um grande sinônimo de produtividade. Inspiradas pela Revolução Industrial, na qual se produziam grandes quantidades no menor tempo possível, diversas áreas adotaram a estratégia.
Hoje, a mesma lógica serve para a produção de conteúdo, mas esse cenário está mudando para dar lugar ao movimento do slow content.
Da mesma forma que Chaplin poderia ser engolido pela máquina, devido a tamanha produção, os usuários da Internet são engolidos pela vasta quantidade de conteúdo disponível na rede.
Comprovação disso são os resultados do Google que, para qualquer assunto, sempre atingem a casa dos milhões. E não para por aí! A cada minuto, 347 mil stories são feitos no Instagram. E o Facebook tem 147 mil novas fotos publicadas a cada 60 segundos.
Com números como estes, não é à toa que as pessoas estão ficando cansadas de tanto conteúdo. E, muitas vezes, essa produção desenfreada é apenas para satisfazer os algoritmos e mandar para as plataformas a mensagem de que a conta é atualizada com frequência, a fim de não perder visualizações.
Pensando na pessoa por trás da tela do smartphone ou do computador, é aí que entra o slow content. Assim, profundidade e qualidade no conteúdo importam mais do que a frequência de publicação. Acompanhe o artigo e saiba mais!
O que é slow content?
Mas, afinal, o que é slow content? É um movimento que sugere uma abordagem mais seletiva, tanto na produção de conteúdo como no seu consumo. Essa ideia começou a surgir como resposta à infoxicação( neologismo que é uma fusão das palavras intoxicação e informação). Ou seja, a palavra se refere ao excesso de informação e foi cunhada em 1996 pelo espanhol Alfons Cornellá.
Dessa forma, para conter a avalanche de informações que recebemos todos os dias s, o slow content tenta frear esses estímulos, indo até mesmo na contramão do que geralmente se pratica no marketing digital.
A seletividade de conteúdo pelo usuário também é uma característica do slow content, pois pressupõe que este consumidor está cansado de receber tantas informações que não consegue absorver e/ou que não lhe interessa.
Por isso, a abordagem prega a produção de conteúdos de maior qualidade, com a possibilidade de reduzir a quantidade para priorizar conteúdos relevantes, mais assertivos e com um propósito definido.
Um dos alertas que faz o slow content, por exemplo, é com relação à quantidade de e-mails marketing. Apesar de eles ainda serem um importante canal para conversão de leads e fidelização de clientes, o cancelamento do recebimento chega a 59% devido à quantidade de mensagens. O segundo motivo de cancelamento é justamente pelo conteúdo ter deixado de ser relevante para o usuário.
Com essa seleção mais criteriosa por parte dos consumidores, as estratégias de marketing precisam se adaptar para não saturar seus leads. Adequar a produção de conteúdo neste sentido ajuda a atender às novas demandas do público.
Tendência global
O slow content faz parte de uma tendência mais ampla chamada slow living. A ideia, deste último, é um estilo de vida que diminua os padrões de consumo e de produção de tudo que se possa imaginar.
O slow living prega uma vida e trabalho ligados a valores como a simplicidade e a sustentabilidade. Ao ter um lifestyle mais real ou verdadeiro, seria possível viver com mais qualidade e equilíbrio. Outros ramos de ideal são o slow fashion e o slow food.
Quais são os princípios do slow content?
Ter um planejamento
Para haver uma estratégia de conteúdo, é preciso ter planejamento. E para produzir slow content, não poderia ser diferente. Afinal, se você deseja alcançar sua persona com conteúdo relevante, precisa antes de tudo conhecer seu público e entender a frequência de publicação que ele gostaria de consumir.
Por isso, o planejamento e um cronograma de temas e postagens (seja em blog ou nas redes sociais) são fundamentais para alimentar essa audiência de maneira adequada. O objetivo é sempre construir autoridade com produções que agreguem valor.
Postar com um objetivo
Dentro do planejamento do seu marketing de conteúdo é necessário definir os formatos de cada tema e cada postagem. Para um slow content de qualidade, essa tarefa deve ser pensada com um pouco mais de profundidade.
Cada publicação precisa ter um objetivo que não seja apenas manter a frequência de postagens ou movimentar alguma rede somente para ser visto e lembrado. Embora atualmente haja uma pressão nesse sentido, é preciso focar no objetivo. Se você não tiver nada útil para dizer, seu público pode achar que seu conteúdo é raso e irrelevante.
Não apressar o processo
O processo de elaboração de um conteúdo de qualidade, e isso inclui o slow content, tem várias etapas:
- Elaboração de persona,
- Pesquisa de palavra-chave;
- Brifagem;
- Execução.
Por esse motivos, a produção não é apressada e nem deve ser realizada dessa maneira. Há estudos por trás de toda essa técnica de criação, justamente para que o seu público se identifique com a mensagem que está sendo preparada.
Portanto, nenhuma etapa deve ser suprimida, o que torna a produção mais lenta, já que é necessário garantir qualidade.
Buscar outras fontes
Em um universo onde todos são potenciais produtores de conteúdo, é comum encontrarmos informações sobre praticamente tudo o que buscamos. Porém, muitas vezes o assunto principal é tangenciado do que estamos procurando e acabamos pensando “não é bem isso que eu quero”.
Para se tornar autoridade em um assunto, uma marca precisa investir em repertório e boas fontes para produzir um conteúdo o mais completo possível, a fim de conquistar sua audiência.
Porém, mais do que isso, é importante estimular o consumo de informações em outros meios que agreguem ainda mais ao seu leitor. Você pode incentivar, por exemplo, a leitura de livros sobre o assunto.
Por que aderir ao slow content na sua estratégia de marketing de conteúdo?
A proposta do slow content parece complicada diante da disputa por espaço e cliques, ao sugerir uma redução da quantidade de conteúdo produzido e publicado nas diversas mídias da sua empresa. Porém, é necessário compreender que a maioria das plataformas não entrega o conteúdo a 100% da sua audiência.
Diante disso, a tendência é que postagens mais rasas, ainda que em frequência alta, sejam menos acessadas e tenham menor potencial de engajamento. Ao passo que conteúdos melhor elaborados, e que entreguem uma informação completa e relevante, devem receber mais visualizações.
A mesma lógica vale para o algoritmo do Google e a produção de conteúdo para blogs. Textos mais curtos e que não entreguem conteúdo relevante podem apresentar dificuldade para ranquear entre os primeiros resultados do buscador. Enquanto isso, conteúdos mais completos recebem mais cliques e o algoritmo entende sua relevância e seu impacto informativo.
Isso significa que a produção de um conteúdo de qualidade sempre terá mais espaço, em qualquer mídia, do que um mero “caça-cliques”, pois entrega o que o usuário realmente precisa.
O contexto da pandemia e a necessidade de migrar todas as atividades cotidianas para o digital ajudou a saturar os usuários com tanta informação. O Fear of Missing Out (FOMO), ou medo do leitor “estar por fora” dos assuntos em alta, vai dando lugar ao slow content e aos temas de interesse e relevância para ele.
Os excessos de informação começam a ser podados pouco a pouco para preservar a saúde mental e física das pessoas. Já que o usuário necessita de ócio criativo e descanso longe das telas, o slow content deve ser uma tendência para suprir esse desejo e diminuir a pressão pelo consumo de informações – e também pela sua produção frenética.
A relevância do conteúdo, a consistência da informação e a proximidade com seu público são os fatores que irão gerar interesse real do consumidor pela sua marca.
Como fazer slow content?
Identifique suas prioridades
Conhecendo bem o seu nicho de mercado e a sua persona, você consegue estabelecer quais assuntos são relevantes para ela. Assim, estes assuntos se tornam prioridades na sua estratégia, justamente com a finalidade de prender a atenção de sua audiência e ajudá-la a resolver um problema.
Descarte excessos
Para aderir ao slow content é necessário deixar de produzir conteúdo desenfreadamente e sem qualidade, respeitando o tempo de pausa de seu público. Além de ele poder se dedicar melhor à atividade de leitura do que você está oferecendo, seu consumidor ou cliente também terá tempo para, de fato, absorver a mensagem.
Desenhe a narrativa
Mais do que informar seu público, você pode construir narrativas, através de storytelling, para aumentar sua autoridade e até mesmo comprovar resultados.
Contar como você criou uma solução para um cliente e como isto trouxe resultados a ele é uma forma de seu público se identificar com o problema e aumentar o engajamento. Mas,lembre-se que é importante ser transparente e verdadeiro nesta construção!
Atente-se ao impacto do conteúdo
Nem todos os conteúdos serão fundo de funil em uma estratégia de marketing de conteúdo, pois o objetivo, além de converter, é atrair mais leads. E para isso, o conteúdo precisa ter impacto também sobre essas pessoas que ainda não conhecem sua empresa.
Estabelecer indicadores de desempenho e analisar as métricas de visitantes, compartilhamentos e tempo na sua página são maneiras de descobrir o real impacto do que está sendo produzido.
Uma boa estratégia de conteúdo leva isso em consideração para poder evoluir e trazer os resultados almejados.
Este é o diferencial da Gummy! Nós trabalhamos de forma a conhecer a fundo sua empresa, seu produto e suas estratégias de negócios, para transformar a produção de conteúdo em uma grande aliada para sua empresa.
Nosso objetivo é gerar impacto na vida dos seus clientes e prospects, levando maior engajamento e conduzindo a grandes resultados!
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