Inteligência emocional, softskills, cultura data-driven… Quem trabalha com marketing, tecnologia ou informação, com certeza, já ouviu falar nesses termos.
Em outubro deste ano, fui convidado a participar como palestrante do maior evento online de Recursos Humanos do Brasil, o RH Summit. O painel do qual eu participaria logo me chamou a atenção: futuro do trabalho.
Você já parou para pensar sobre isso?
Diante desse desafio, meu primeiro pensamento foi compartilhar com o público a experiência bem-sucedida da Gummy em retenção de talentos. Ou falar sobre como criamos uma cultura organizacional com a cara desse mundo globalizado.
No entanto, antes de falar do futuro, ou sobre como os desafios do presente determinaram nossa estratégia de gestão de pessoas na Gummy, achei que seria interessante dar um passo atrás e explicar que parte do nosso sucesso se deve à relativização histórica do processo de Transformação Digital.
Para isso, baseado em minha experiência de historiador amador, elaborei a seguinte teoria:
O futuro do trabalho segundo a teoria do Eterno Ciclo
Em História, tudo o que parece novo, muitas vezes, é uma repetição do passado. São novos atores, lugares, tecnologias. Mas, ainda assim, trata-se de um momento histórico parecido. Afinal, somos e sempre seremos humanos.
Parte 1: A evolução no trabalho
Para melhor defender minha teoria, vamos retornar ao Egito.
Sim, a sociedade egípcia; aquela que traz à memória faraós, pirâmides e múmias.
Segundo Ciro Flamarion Cardoso, um grande egiptólogo brasileiro, os primeiros sinais de civilização no Vale do Nilo datam de 10 mil a.C. Foi quando surgiram as primeiras aldeias agrícolas primitivas, em função da fertilidade propiciada pelas cheias do rio.
As mudanças ao longo desses quase 2000 mil anos, entre o surgimento das primeiras comunidades e nascimento do Reino dos Faraós, oferecem o exemplo perfeito para entendermos a relação entre tecnologia, sociedade e a própria relativização do conceito de transformação.
Segundo a hipótese mais difundida sobre este período, os produtores agrícolas do Vale do Nilo se organizavam em aldeias de estrutura comunitária, sem propriedade privada.
Imagine uma organização tribal: o mais forte lidera o grupo, as pessoas dormem em cabanas precárias e um xamã pratica sacrifícios e atribui fenômenos climáticos a vontade da natureza.
Nessa comunidade, se a cheia do Nilo se prolongasse, reduzindo o tempo para plantio e colheita, haveria menos trigo e cevada para alimentar a tribo. Muitos morreriam de doenças e fome. Vítima da escassez, esta comunidade não teria futuro.
Até que…
Numa dessas aldeias, o trabalho comunitário desenvolve uma tecnologia primitiva de irrigação. A invenção permite maior controle do período de cheia e plantio, através de diques, reservatórios e canais. Como uma área maior é irrigada, há mais tempo para colher. A safra cresce dez vezes.
O xamã dá lugar a uma classe de sacerdotes que sistematiza a idolatria a deuses mais complexos e ao chefe tribal. Com a fartura, a aldeia cresce e se arma, ergue estátuas aos benfeitores e registra suas colheitas em cerâmicas e, depois, papiros.
Uma classe burocrática surge para garantir o controle e a eficácia do sistema de irrigação em uma área cada vez maior.
Um exército defende e conquista novas terras férteis. A aldeia original domina a vizinha. E, depois, a outra. E assim por diante, até nascer o Egito dos faraós.
Resumindo, como este exemplo nos serve?
Durante dois mil anos, com os esforços coordenados dos egípcios primitivos, foi construída uma solução técnica para a sazonalidade das cheias do Nilo.
Esta inovação impactou a organização social do trabalho e fez surgir novas classes de cidadãos, burocratas, sacerdotes e realeza.
Uma nova sociedade, mais complexa, que conseguirá realizar projetos ainda mais ambiciosos, como as pirâmides.
O impacto no trabalho hoje
Qualquer semelhança com os dias atuais não é mera coincidência.
Veja bem! Nosso trabalho, associado com o de outras pessoas, produziu nos últimos 50 anos uma série de mudanças:
- As pessoas vivem mais e trabalham em atividades que demandam cada vez menos esforço físico;
- Os robôs substituem as pessoas em atividades essenciais como plantio e irrigação e, mais recentemente, condução de veículos;
- A informatização de processos liberou um tempo precioso para que possamos investir na construção de mais conhecimento.
Todas essas inovações tiveram o objetivo de gerar novas tecnologias e alterar ainda mais a forma como nos relacionamos entre nós e com o mundo.
A influência de tudo isso ainda não é clara. Não sabemos aonde vamos parar, mas a tendência é que pequenas mudanças surjam cada vez mais rapidamente.
Nas organizações, o impacto já pode ser sentido. Não há necessidade de mantermos grandes equipes alocadas entre as 8h e 18h para garantir que projetos saiam do papel. Podemos:
- Fazer reuniões por conferência virtual a qualquer hora e em qualquer lugar;
- Promover treinamentos para diferentes equipes nos cinco continentes sem sair de um escritório;
- Tomar decisões cruzando dados de diversas origens que surgem em dashboards setados pelo Big Data.
Há, porém um denominador comum à todas essas tecnologias: as pessoas. São elas que operarão as novas ferramentas tecnológicas. E é em seu desenvolvimento e educação que reside o sucesso da Transformação Digital.
Parte 2: O papel do conteúdo na gestão de pessoas
Você deve estar pensando: “mas o que isso tudo tem a ver com Marketing de Conteúdo?”.
Respondo: se você e seu CMO têm a preocupação de construir uma cultura forte na empresa – e note, isso não é responsabilidade apenas do RH, mas também do Marketing e da alta gestão -, o conteúdo tem um papel muito importante.
Afinal, uma marca forte se constrói de dentro para fora. E, por isso, investir em pessoas e na forma como são conduzidas é um passo importantíssimo.
Sei disso porque, na Gummy, estamos acostumados a criar materiais digitais para auxiliar empresas na gestão de pessoas e endomarketing. E não estou falando apenas de conteúdos escritos! Criamos:
- Guias de Cultura para apresentar a cultura organizacional e os valores esperados dos profissionais;
- Playbooks e artigos para educar os profissionais sobre soluções corporativas e produtos da empresa;
- Vídeos e webinars de onboarding e treinamento para disseminar a informação entre equipes no Brasil e no mundo.
Isso garante excelentes resultados para o negócio como um todo.
A escalabilidade de um webinar, por exemplo, é gigante! Você pode alcançar toda uma equipe e repetir quantas vezes for necessário, onde quer que esteja. O mesmo ocorre com um vídeo.
Um único vídeo de onboarding pode responder às dúvidas de novos contratados por tempo indeterminado, enquanto alocar um gestor para explicar processos simples seria muito mais oneroso.
Assim, o foco continua sendo a gestão de pessoas e seu impacto no crescimento do negócio, mas com esse diferencial que o conteúdo agrega: escalabilidade.
E agora, para onde vai o futuro do trabalho?
Modelos mais flexíveis de trabalho, influência de Big Data na tomada de decisões e crescente digitalização de organizações inteiras são realidades palpáveis – e uma questão de sobrevivência para os negócios.
Apesar disso, as empresas são feitas de pessoas. E, neste contexto, a urgência de treiná-las, capacitá-las e evangelizá-las para que sejam a cara da sua marca é primordial. Os entregáveis de conteúdo – eBooks, texto e vídeo – podem auxiliar neste processo.
Quer saber como podemos ajudar sua empresa a se alinhar ao futuro do trabalho? Entre em contato com a Gummy e teremos prazer em continuar essa discussão juntos.
Até a próxima!