Se há uma preocupação que envolve empresas e agências publicitárias, ela está voltada à interação com jovens. É cada vez mais difícil chegar até esse tipo de consumidor. Os meios utilizados para criar uma aproximação entre as marcas e o público juvenil estão em constante mudança. Isso faz com que o trabalho do marketing vá muito além do desenvolvimento de conteúdos atraentes.

Saber de que forma pensa, como age e que fatores influenciam suas decisões é essencial para alcançar o jovem. Fatores como estes não só definem suas escolhas, como também traçam quais direcionais devem ser adotados. A fim de que se estabeleça, desse modo, meios eficazes na comunicação com os mais novos.

Em primeiro lugar, é necessário entender alguns termos. Uma vez que explicam melhor como funciona o processo de difusão das informações entre a nova geração. Os elementos que fazem parte desse ciclo de conhecimento são primordiais para que você fale e seja ouvido. Você sabe qual a diferença entre emissor, mensagem e receptor?

Elementos da interação com jovens

Chamamos de emissor quem transmite uma ideia, seja criando ou compartilhando a mesma. Enquanto isso, a mensagem é aquilo que está sendo transmitido, o objetivo máximo da conversa. Já o receptor se identifica como o ponto final do diálogo, é aquele para quem se destina a informação.

Nesse caso, é importante lembrar que tanto o emissor quanto o receptor não precisam ser uma pessoa. Esse mecanismo pode partir de um time de colaboradores, ou até mesmo de uma instituição. Recursos como os que foram mencionados são básicos para que haja uma comunicação genuína. Na interação com jovens, os aspectos fundamentais são ainda mais relevantes – devem formar um laço.

O que acontece hoje em dia é que há um problema recorrente de conexão entre as pessoas e as coisas. Com a análise comportamental, é possível observar os fatores dessas relações. O interesse é somente pelo que causa identificação com o próprio estilo de vida. Algo que limita as formas de abordagem. Por esse motivo, é necessário que a mídia se adapte aos novos tempos, onde o jovem escolhe aquilo que pode tocá-lo.

As mudanças à vista

Entre as várias transformações pelas quais os meios de comunicação vêm passando, se destaca o papel do jornalismo e da comunicação como um todo hoje. Leve em conta o fato de que os jovens estabelecem uma espécie de filtro para interagir com conteúdos diversos. É preciso observar como esse público se relaciona com as notícias e com o mundo.

Diversas empresas estão em processo de desconstrução. Visando novos formatos de se adequar à interação com jovens, por meio das redes tecnológicas. Assim, procuram o equilíbrio entre o norte da organização e o que seu público-alvo deseja consumir. Essa adaptação deve ser constante. Já que a velocidade com a qual as mudanças ocorrem sob o ponto de vista juvenil é quase instantânea.

Redes sociais e o papel na interação com jovens

O monitoramento da interação com jovens pode ser medido através de diversas formas. A mais utilizada, no entanto, é por meio das redes sociais. Ou seja, é quase como um livro aberto. O jovem não tem medo de expôr suas opiniões, de mostrar aquilo em que acredita. Isso acontece por uma série de motivos, uma vez que elas são:

  • As formas de entretenimento mais utilizadas por esse público;
  • Os meios pelos quais os jovens expõem o que rege sua vida (dores, hábitos, ideais);
  • As ferramentas que possibilitam a aproximação dos usuários com pessoas e/ou empresas que compartilham da mesma opinião que eles;
  • Os recursos onde os mais novos demonstram engajamento sobre o que lhes chama atenção (seja por aspectos positivos ou negativos).

Porém, o intervalo de tempo com que os millennials mudam de preferência em relação a essas mesmas redes de relacionamento é bastante curto. Um dado importante para você ter conhecimento é em relação ao Facebook. Já reparou que a interação com jovens vem diminuindo nos últimos anos por meio desse aplicativo?

Os dados comprovam

De acordo com pesquisas recentes, entre os anos de 2014 e 2017, a taxa de alcance do Facebook entre os millennials teve queda de 2%. Os dados comprovam que 34% dos adolescentes entre 12 e 17 anos acreditam que essa rede social é “coisa de gente velha”.

Cerca de 22% pensa o mesmo do Pinterest, que funciona como um banco de imagens. Mesmo assim, nos últimos três anos, O Facebook foi a única rede social que apresentou regresso de interação com jovens, no cenário macro. O público dessa mesma faixa-etária, entretanto, ajudou a crescer em 9% a taxa de audiência da plataforma de vídeos YouTube.

Olhando sob essa perspectiva, é possível identificar a afinidade dos mais novos com os recursos visuais. Imagens, gifs, vídeos. São várias as ramificações que se convertem em interatividade. Seja por memes, transmissões ao vivo ou por vlog, responsáveis por 96% das visualizações que o YouTube recebe.

Outro dado muito interessante diz respeito ao crescimento das redes sociais Instagram e Snapchat. Juntas, elas tiveram um aumento de 45% na procura pelos jovens. Atualmente, essas ferramentas possibilitam tirar fotos e postar vídeos através de stories. Isso permite que os recursos fiquem disponíveis por, apenas, 24 horas. Após esse período, não é mais possível visualizá-los. Podem ser adicionados filtros, emojis e até a temperatura local.

O futuro é omnichannel

Vivemos em uma era de digital influencers, onde celebridades da Internet postam conteúdos em formato multitela. Eles dão opiniões sobre as mais diversas marcas, produtos e serviços para quem consome seus vídeos. A relevância do que é compartilhado pelos novos artistas pode ter grandes proporções, fazendo deles possíveis decisores na tomada de ação.

Ainda assim, o consumo de aplicativos mobile pelos millennials acontece de forma seletiva. Acredite! Pesquisas de 2016 comprovam que as atividades realizadas via smartphone são, em sua maioria, relacionadas ao entretenimento por vídeos. A indicação é de que 71% da interação com jovens se dá por serviços de streamings (TV digital, filmes, séries e vídeos). Pouco mais de 50% realmente utiliza, como favoritos, aplicativos de mensagem e redes de relacionamento.

Essas informações podem surpreender muitas empresas que acreditam na comunicação feita somente pelos meios convencionais do marketing digital. O universo da geração Z muda com um piscar de olhos. Você precisa estar atento ao que ela espera. Mais do que isso: precisa fazer parte do seu mundo próprio!

Gostou de saber como você pode alinhar a sua empresa no processo de interação com jovens?

No próximo post, traremos mais observações sobre o comportamento da geração millennial. E, além disso, como ela afeta a produção de conteúdo – seja online ou offline. Não perca!